Paleo Parte 2: O que comer?
- Matheus
- 15 de set. de 2016
- 3 min de leitura

No post anterior falei um pouco sobre a base científica para adoção de um estilo de vida Paleo. Agora vamos falar sobre o que não é Paleo e o que é Paleo. Infelizmente como tudo hoje em dia os extremismos são bem prejudiciais e chatos. A ideia básica de ser Paleo é bem simples: coma comida de verdade. Acho engraçado pessoas que seguem um estilo Paleo e por isso acham que se entupir de bacon e molhos super processados e cheios de gorduras adicionadas artificialmente está certo. interessante rever os conceitos. Com relação ao bacon, só para não polemizar demais, é muito difícil encontrar por aí aquele bacon que não é cheio de açúcar e de conservantes, então se a ideia é comer comida de verdade, procure o bacon defumado naturalmente. Agora vamos ao que interessa. Primeiro a parte difícil: o que não é Paleo. Difícil por que esses alimentos não se encaixam no estilo Paleo. 1º: Açúcar: branco, demerara, mascavo, mel, agave, sucralose, aspartame, estévia, sacarina, xilitol, maltitol e etc. Vamos chamá-los daqui para frente de açúcares adicionados, ou seja, aqueles que não são próprios dos alimentos. 2º: Álcool: digamos que esse ponto é polêmico. Algumas correntes Paleo incluem o vinho, por exemplo, na pirâmide de alimentação, outras não. O consumo excessivo de álcool é prejudicial para o seu corpo e para sua vida social. Se a ideia é melhorar a saúde a partir de um novo estilo de vida, exclua o álcool. 3º: Grãos e Cereais (integrais ou não): trigo, aveia, cevada, milho, arroz, quinoa e por aí vai. Lembra o que falamos da agricultura? Eles só entraram na nossa alimentação no período neolítico, por esse (e por outros motivos que falo depois) estão fora. Ah, farinhas e os óleos deles também estão out; 4º: Leguminosas: feijão, ervilha, lentilha, soja e amendoim. Confesso, amendoim é pesado, afinal de contas, aquela pasta fica boa até se passar na sola do chinelo, mas pense bem: porque será que tanta gente é absurdamente intolerante ao amendoim? Mundinho cruel esse... :( Para não estender demais, os porquês dessas exclusões trato em outros posts. Agora vamos aos alimentos liberados: Carnes, aves e peixes: suas gorduras naturais são bem-vindas, não tenha medo delas.
Ovos: baratos e nutricionalmente completos, são muito versáteis e fáceis de preparar.
Vegetais: se não consome nada, é hora de olhar para eles (lembra do que falei, não vamos viver só de proteína?).
Ervas e Condimentos: vão fazer você reduzir cada vez mais o consumo de sal, aposte nelas.
Nozes e Castanhas: são fontes naturais e excelentes de gordura.
Óleos: de preferência ao de coco e azeite de oliva. Óleos que venham de grãos ou cereais devem ser excluídos.
Frutas, raízes e tubérculos: Vá com calma e opte pelos de baixo índice glicêmico e pelas frutas vermelhas (morango e as berries) que possuem menor concentração de açúcares.
O conceito moderno de comer de 3 em 3 horas também deve ser repensado. Coma o suficiente para se satisfazer, e perceba os sinais de fome que seu corpo vai começar a apresentar.
Agora sim, ficou fácil de verdade! Uma dica que vale ouro: faça suas compras no açougue do bairro e em feiras. Vá ao mercado só para complementar com produtos de higiene e limpeza. Ajuda a fugir das tentações dos embalados, mas com o tempo, você percebe que dá para passear pelo mercado sem nem perceber o que tem lá. Bom nos próximos posts vamos falando dos motivos das exclusões, então, não pare de seguir a gente! Abraço. Matheus
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